Regência nominal e verbal – Confira algumas dicas!
Essa língua que conhecemos tão bem, muitas vezes pode se tornar confusa e até mesmo complexa na hora de falar e escrever. Ainda mais quando se trata de regência verbal e nominal!
Você sabe o que é regência? Vamos refrescar um pouco sua memória para lembrar dela!
Mas antes navegue em nosso blog e confira:
Confira algumas dicas da língua portuguesa que sempre nos causam dùvidas
Sabemos o quanto é importante falar e dominar a escrita quando estamos em situações formais que exijam o português padrão que corresponde às normas gramaticais. Por isso é importante se atentar a alguns detalhes da nossa língua que fazem total diferença quando empregadas corretamente.
O sentido de uma mensagem é construído com base nas relações que as palavras estabelecem entre si. Essa relação exige um complemento e este complemento é chamado de regência. A regência pode ser verbal ou nominal.
O termo regido é aplicado às palavras que necessitam de outras palavras para ter um sentido. E o termo regente é aplicado às palavras em que são subordinadas ao termo regido.
Conseguiu compreender? Vamos nos aprofundar um pouco mais para que você não fique confuso!
Mas o que é regência verbal?
É a relação que um verbo estabelece com o seu complemento, utilizando ou não uma preposição. É a subordinação entre um verbo e o complemento.
Então temos o verbo que não precisa de um complemento, o intransitivo. E o verbo que precisa necessita de um complemento, transitivo direto.
Como por exemplo:
O menino tinha bons amigos (tinha = verbo – bons amigos = complemento)
Ela adorava pilotar a sua própria moto (pilotar = verbo – a sua própria moto= complemento)
Veja que nos exemplos citados acima o verbo não precisou de preposição para dar sentido à frase.
Agora se o verbo for transitivo indireto, é necessária uma preposição para ligar o verbo ao complemento e assim então dar sentido à frase.
Veja este exemplo:
Ela opinou sobre o caso (opinou= verbo – sobre = preposição – caso= complemento)
Ela viajou para Londres (viajou= verbo – para = preposição – Londres= complemento)
Nos exemplos acima existe uma preposição que liga o verbo ao complemento dando sentido à frase.
E o que é regência nominal?
Esta regência é a relação que um nome estabelece com o complemento por meio do uso de uma preposição.
Como por exemplo: morrer de – morar em – sonhar com – etc
Dicas de regência verbal e nominal:
Com essas dicas será mais fácil para você compreender sobre regência, acompanhe:
- Chegar ou ir: na aplicação dessas duas palavras deve ser usado sempre a preposição ‘’A’’ e não ‘’EM’’.
Exemplo: Vou ao banheiro.
Cheguei a Londres.
- Namorar: não é aplicado o uso de preposição.
Exemplo: Vinicius namora Ângela.
- Agradecer: quando o agradecimento for direcionado a alguma coisa não se usa preposição.
Exemplo: O rapaz agradeceu sua ajuda.
Quando o agradecimento é direcionado a alguém usa se a preposição ‘’A’’.
Exemplo: O filho agradeceu ao pai.
- Obedecer ou desobedecer: usa sempre a preposição ‘’A’’.
Exemplo: O filho obedeceu à mãe
O garoto desobedeceu ao avô.
- Preferir: neste caso é usado a preposição ‘’A’’.
Exemplo: prefiro comer bem a fazer dieta.
(é incorreto utilizar reforços como mais, antes, muito mais, mil vezes mais, no uso de tais expressões)
- Esquecer ou lembrar: quando a frase não for pronominal, não faz o uso de preposição.
Exemplo: Esqueci o nome dela.
Quando estes forem pronominais usa se a preposição ‘’DE’’.
Exemplo: Lembro-me de você.
- Morar ou residir: estas palavrinhas vêm acompanhadas da preposição ‘’EM’’.
Exemplo: Ela mora em Curitiba
- Simpatizar ou antipatizar: Aplicadas com o uso da preposição ‘’COM’’.
Exemplo: Simpatizo com Anna.
Antipatizo com minha vizinha.
- Aspirar: Quando aplicada no sentido de cheirar algo, não é usada a preposição.
Exemplo: Ela aspirou o cheiro das flores.
Quando aplicada no sentido de almejar ou pretender algo, usa-se a preposição ‘’A’’.
Exemplo: Esta era a vida a que almejava.
- Assistir: Quando se refere a prestar assistência, ajudar ou socorrer alguém é utilizado sem preposição.
Exemplo: O professor de medicina assistia os alunos.
Quando está se referindo a ver algo ou presenciar algo é exigido o uso da preposição ‘’A’’.
Exemplo: Não assistimos à peça.
Quando for aplicado no sentido de caber ou de pertencer é exigido a preposição ‘’A’’.
Exemplo: Assiste ao homem tal direito.
Quando aplicado no sentido de morar ou residir é usado a preposição ‘’EM’’.
Exemplo: Assistiu em Curitiba durante anos.
Querer: Quando for empregada no sentido de desejar não se usa a preposição.
Exemplo: Quero dormir agora.
Quando usado no sentido de ter estima por algo ou alguém, ou de ter afeto por uma pessoa ou alguma coisa é utilizado a preposição ‘’A’’.
Exemplo: Quero bem à minha amiga.
Pagar ou perdoar: Quando existe um determinado complemento que denote algo, não é usado preposição.
Exemplo: Ele pagou a conta do restaurante.
Quando o complemento existente denota a uma pessoa é usado a preposição ‘’A’’.
Exemplo: Ela perdoou a todos.
Qual a importância das regências verbal e nominal?
Se depois de todas essas dicas você ainda não conseguiu entender o quão importante são as regências verbal e nominal, pense assim: são elas que dão sentido a uma mensagem ou a uma frase. Daí a sua importância! Por isso é importante o emprego adequado das preposições, para que não haja ruídos na mensagem a ser transmitida.
E aí gostou das nossas dicas?
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